17:10, dia 30 de Julho de 2008
É uma expressão italiana que significa simplesmente “tomar um refresco”.
Às 21horas partiremos novamente em direcção ao 4º país em dois dias, Eslovénia. E nada como estar em pleno Campo de Santa Margarita em Veneza, cumprindo a tradição italiana, um contraste necessário dado o calor e elevada humidade relativa da cidade.
Chegámos a Veneza no dia 29 de Julho perto das 21 horas.
Descer a escadaria da estação e avistar uma cidade única, da qual apenas tínhamos ouvido falar, conquistou finalmente o sentimento que já procurávamos há uns dias, nas infinitas horas de viagem: a viagem finalmente começara.
- “Que cidade”, estou certo que todos pensávamos, no mesmo momento em que descobríamos o amor à primeira vista.
Seguiu-se a procura do Hotel, que não se revelava fácil, dada a própria arquitectura da cidade. Porém, com bons planeadores e desenrascados na equipa, era certo que seria rápido.
Mas demorámos mais do que pensávamos.
Não pela procura, mas por fazer amizades à janela.
As nossas três primeiras verdadeiras amigas de Inter-rail foram conhecidas à janela. Talvez o nosso ar cansado, ou a T-shirt de Portugal, as tenha chamado à atenção, se bem que para manter a conversa, que mais tarde acabou bem mais tarde, foi certamente pela nossa simpatia.
Aqui em Itália, descobrimos o “Ciao”. O “Ciao”, simplesmente cumprimento em Itália, diferencia-os logo, nesse aspecto para melhor, do nosso país, cheio de virtudes e coisas boas, mas onde as pessoas sé se conhecem se forem apresentadas por alguém. A quantas pessoas levantamos o chapéu e dizemos “Olá” e, sem responder, se vão embora. Aqui diz-se “Ciao”, levanta-se o chapéu, e todos te sorriem, “Ciao” de volta, e só depois se vão embora.
A primeira noite foi engraçada. Para além das amigas da janela, que eram alemãs e argentinas, outros fizemos, especialmente um Franco-Veneziano, que no meio da cidade fantasma nos levou aquele que certamente é o local mais bonito de Veneza: seguir as placas amarelas com letras castanhas “Per Rialto”.
Deitámo-nos por volta das 4h e levantámo-nos por volta das 11, já uma hora atrasados para a entrega da chave.
Estivemos todo o dia a descobrir Veneza. Inexplicável, indescritível, Veneza.
Continuamos aqui no Campo de Santa Margarita, junto à zona Universitária da cidade, à espera do anoitecer, onde as luzes artificiais ainda são acendidas como antigamente.
Assistimos também a uma comemoração universitária de recém-licenciados, típica de Veneza, e comemos fruta fresca.
Aqui esperamos até à hora do comboio.
Veneza, cittá di amore, não é por ser um local ideal para namorar, é pela facilidade que se apaixona por ela.
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