sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Manutenção da Estética II


Normas comuns de profilaxia e manutenção

Na área da saúde, profilaxia, do grego prophýlaxis (cautela), é a aplicação de meios tendentes a evitar as doenças ou a sua propagação.
Nesta nota explicativa levantam-se as principais condutas que devem realizadas como actos preventivos relativamente à higiene oral e dentária.

Remoção diária de placa bacteriana

A expressão “periodonto” tem a sua raiz nas palavras latinas peri e odonto, as quais significam, respectivamente, em redor/periferia e dente.
Assim, o periodonto, é constituído por quatro estruturas diferentes, nomeadamente a gengiva, o ligamento periodontal, o cemento e o osso alveolar, e tem como função inserir o dente no alvéolo, permitindo a sua ancoragem no osso alveolar.


Como se pode ver, existe um espaço entre a gengiva e o dente, onde se pode acumular restos alimentares e placa bacteriana, que serão responsáveis pelo aparecimento de doenças periodontais que conduzem à perda progressiva destes tecidos de suporte do dente, em que o osso começa a ser reabsorvido, o ligamento periodontal destruído e os dentes ganham mobilidade.

A prevenção ideal é através de técnicas de higiene oral correctas, de preferência três vezes ao dia.

Idealmente, a escova de dentes pode ter dureza média com cerdas sintéticas densas e rectas com terminação arredondada. No entanto, é preciso ter em conta que a escova de dentes perfeita não existe e a melhor é simplesmente “a que for melhor utilizada”.


A técnica correcta consiste numa inclinação da escova a 45º no sentido da gengiva, com movimentos circulares sobre todas as superfícies do dente, com uma força de fricção suave, mas constante, com a ajuda de uma pasta de dentes adequada.

Higiene interdentária

Para além da escovagem correcta, torna-se ainda importante a higiene das superfícies interproximais dos dentes, isto é, onde os dentes contactam entre si. Se estas superfícies não forem devidamente limpas acumulam-se bactérias e restos alimentares levando a cáries que obrigam a uma abordagem muito mais mutilante para o dente aquando do seu tratamento.

Assim, torna-se importante o uso de fio dentário entre as superfícies dos dentes, com movimentos no sentido do sulco da gengiva.

No caso de espaços mais abertos entre os dentes, ou em restaurações com próteses fixas, é importante a utilização do escovilhão.



Controlo de placa bacteriana

A placa bacteriana quando não é devidamente removida forma cálculo (ou tártaro). Este forma-se através da acção ácida das bactérias junto com a saliva que tem um pH alcalino, formando um sal.

A zona mais comum em que aparece é junto dos incisivos inferiores na mandíbula e nos molares superiores.
Isto deve-se precisamente à saída dos canais oriundos das glândulas salivares se encontrarem anatomicamente nessas localizações.
A presença deste cálculo, que é duro e áspero, só consegue ser removido por meios profissionais de destartarização e polimento.

A presença contínua de placa bacteriana e cálculo contribui para a irritação e inflamação da gengiva, podendo provocar sangramento ao leve toque da escova.

É importante, pois, advertir para uma consulta periódica, a cada seis meses, onde a higienização desempenha um papel fulcral.

Conselhos de dieta e hábitos

O tabaco deve ser proscrito dado tratar-se de um factor de risco para as doenças periodontais e a conhecida dualidade estética-tabaco. A ingestão de álcool também deve ser desencorajada.

Contra-indicar a utilização dos dentes para cortar as unhas, morder canetas ou partir a casca de frutos secos em portadores de próteses removíveis ou fixas parece evidente.

O café e o chá devem ser restringidos e substituídos por outro tipo de bebidas com menos capacidade de pigmentação. É sobretudo importante em casos de reabilitação com cerâmicas ou branqueamentos. De igual forma, na dieta habitual deve ser diminuído o consumo de determinadas alimentos, como por exemplo as alcachofras e o açafrão.

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