domingo, 26 de setembro de 2010

Universidade de Lisboa: consolidação da boa política e dos bons políticos

A primeira Universidade Portuguesa foi fundada em Lisboa, em 1290 por diploma de D.Dinis, de 1 de Março, sob autorização do Papa Nicolau IV.
A oportunidade da organização de uma Universidade em Lisboa dava, assim, ao clero, à "burguesia" e à então classe dos “letrados” a possibilidade de obterem de maneira mais adequada a preparação indispensável ao desempenho das suas funções.
Esta única universidade portuguesa foi várias vezes transferida de Lisboa para Coimbra e vice-versa, até que, em 1537, regressa a Coimbra onde fica como instituição única de ensino superior em Portugal.
E apenas em 9 de Março de 1911, por decreto do Governo Provisório da República Portuguesa, fundaram-se novas academias e congregaram-se as escolas e cursos superiores existentes na capital nas diversas faculdades do organismo e formaram definitivamente a Universidade de Lisboa.

Na Cidade Universitária, o maior campus de ensino superior do país, às faculdades de Ciências, Direito, Farmácia, Letras, Medicina, vieram juntar-se, mais tarde, as Faculdades de Psicologia e Ciências da Educação e de Medicina Dentária e de Belas-Artes, no Chiado, ambas integradas em 1991, fazendo juntamente com os seus Institutos e Museus, aquilo que ela é hoje, com a forte possibilidade de se tornar ainda maior com o possível ingresso de novas escolas, nomeadamente, a integração do Instituto Politécnico de Lisboa.

Ao longo da sua História foram várias grandes figuras Portuguesas que passaram pela Universidade de Lisboa: David Mourão-Ferreira, Fernando Pessoa, Egas Moniz, Ramalho Eanes, Florbela Espanca, Mários Soares, Jorge Sampaio, entre tantos outros.
Anos e anos para a competente e boa formação da esmagadora maioria dos governantes e de figuras ilustres do País. E, hoje, com a drástica redução do financiamento público remetem-na para a sobrevivência.


O Reitor, e bem, seguindo o programa estratégico “Uma Alameda de Futuros”, aprovado em conjunto com os seus novos Estatutos de 2008, tem conseguido criar uma nova ideia de Universidade com mudanças de fundo nas suas missões e organização.
Nessas discussões, era unânime que se tornava essencial reforçar o “sentimento de pertença à Universidade” e de identidade comum. Criar o conceito de “fui estudante em Lisboa.”
Desta feita, foi fundada, no dia 24 de Setembro de 2010, a Associação de Antigos Alunos da Universidade de Lisboa (UL-ALUMNI), fazendo sentir todos os que pela Universidade Lisboa passaram como uma força motora que contribui para um melhor futuro para o qual, afinal, todos lutam.
A Universidade de Lisboa mostra, assim, estar profundamente interessada em estreitar e reforçar as relações com os seus antigos alunos, para quem a “alma mater” da sua formação continua a assumir primordial importância, de modo a constituir um corpo forte, coeso e dinamizador de diversas actividades.

Nessa histórica Assembleia-geral constituinte foram também eleitos os novos corpos sociais. Será o seu 1º Presidente o Senhor Professor Doutor Guilherme D’Oliveira Martins e a Direcção será ainda composta pela Dra. Maria Barroso (Vice-Presidente), a Professora Doutora Luísa Cerdeira (Tesoureira) e o Professor Doutor António Vasconcelos Tavares (Secretário).
Numa era de descrédito com as classes políticas, a Universidade de Lisboa ainda se constitui no âmbito da consolidação da boa política e dos bons políticos para Portugal.
Mesmo com as grandes dificuldades que se atravessam uma grande vitória da Universidade, em ano de celebração do seu centenário. Para mais se seguirem.

Eu próprio, apenas muito recentemente antigo aluno da Universidade de Lisboa, onde me licenciei em Medicina Dentária e pela ligação que tive e me permitiu os meus primeiros anos de Licenciatura na Vida, não podia ter deixado de estar presente.
Recebi o convite para vogal desta 1ª Direcção. Orgulho para não mais esquecer.

AD LVCEM

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