domingo, 28 de novembro de 2010

VI - Chuva em Budapeste

21:16, dia 4 de Agosto de 2008

Uma viagem como um Inter-rail é feita maioritariamente na época de Verão, pois, não só se tratando de uma altura habitualmente de férias, como também é melhor aproveitar o calor e com o risco de muitos dos caminhos se fazerem a pé e de mochila às costas, não sermos constipados pela chuva.

Influenciados pelas 3 noites em Ljubljana, apenas com uma paga, optámos por ficar mais um dia e uma noite em Budapeste devido à viagem de comboio ideal, com destino ao próximo país, apenas começar as 6:00 da manhã. Mas, desta vez, não temos Hostel para passar o tempo.
São 9 da noite e faltam 9 horas. Estamos na rua e chove em Budapeste. Não está frio, mas a chuva é forte inundando um rio Danúbio, tudo menos azul e belo como na conhecida Valsa de Strauss, que separa em dois pólos opostos esta cidade.
Dormimos três noites no lado Peste e visitámos três dias o lado Buda. De um lado, em Peste, a degradação, a sujidade e a pobreza, do outro a riqueza (ofensiva para o lado Peste?), os monumentos imponentes, com pormenores fantásticos e um muito maior cuidado com a cidade.
Dois lados de uma cidade que está claramente mais separada do que apenas por pontes.

Chegámos a Budapeste no Sábado e hoje é segunda-feira.
Saímos à noite e divertimo-nos sempre. Durante os dias fizemos longas caminhadas e revitalizámo-nos nos famosos banhos turcos. O julgamento será sempre positivo.
Contudo, talvez a expectativa fosse mais alta. Desiludimo-nos com uma cidade que se mostrou pouco disponível e aberta e cujas pessoas foram muitas vezes impacientes e antipáticas, provavelmente sequelas de uma História Húngara que nunca foi fácil.

Continua a chover. Bebemos uma cerveja numa esplanada com um toldo. Temos o Rio Danúbio à nossa frente.
Esperamos calmamente e divertidos pelo comboio, cimentando a nossa amizade, jogando cartas e falando, mas sempre pensando que tantas pontes atravessam este Rio e nenhuma ponte parece existir com o resto da Europa.